28 de maio de 2012

Encontro reúne mães empreendedoras em SP

Espaço Nascente abrigou neste sábado, dia 26, o Primeiro Encontro de Empreendedorismo Materno. Cerca de 15 mulheres participaram do encontro. “Foi incrível. Mães de diversos perfis e em diversos estágios de empreendedorismo ou que ainda desejam empreender trocando experiências e colocando suas aflições, angústias e questões”, afirma Michelle Prazeres, colaboradora do Espaço, organizadora do encontro e editora do blog empreendedorismo materno.

O objetivo do encontro era reunir mães empreendedoras e mães que tem o desejo de empreender para conversar sobre a relação entre a maternidade e o trabalho e as novas perspectivas profissionais que surgem com a chegada de um filho. “Quando um filho chega, não queremos mais este mundo das metas e da produtividade. Isso deixa de fazer sentido”, afirmou uma das mães presentes, que antes de ganhar seu primeiro filho, trabalhava no mercado financeiro.
Arte: Claudia Nevacchi

As participantes discutiram, sobretudo, o papel da mulher na sociedade e a relação com um mercado de trabalho que não está preparado para lidar com a maternidade. “Mais do que isso, o mercado não está em condições de lidar com a família”, disse uma das mães, lembrando que os pais também sofrem preconceitos e discriminação no trabalho, frutos da paternidade. Outra mãe completou: “Cuidar de um ser também é um compromisso com o coletivo”.

A formação da rede de mães empreendedoras tem como fundamento esta questão: se mais mães puderem trabalhar com a flexibilidade que permita dedicar-se a seu filho, não temos certeza se eles serão parte de um mundo melhor, mas com certeza estamos contribuindo para um mundo com mais amor.

A rede articula mães empreendedoras com a intenção de formar um grupo que se reúna, indicando e contratando outras mães.

Supermulheres?

Para Priscila Castanho, da Abraço Materno, uma das organizadoras do encontro e colaboradora do Espaço Nascente, as mães empreendedoras são supermulheres. “Mas não precisamos ser. Podemos acionar esta supermulher, porque sabemos que damos conta de tudo, mas não podemos ser 100% supermulher. Precisamos de apoio e ajuda”, diz.

Este apoio pode ser na vida pessoal, com marido e famílias, mas também no trabalho, em especial com apoio de outras mães, tanto profissionalmente (com permutas e indicações), quanto para promover trocas.

Existe um modelo de empreendedorismo materno? Esta pergunta também surgiu ao longo do encontro. Que práticas e modelos dão certo? Quais não são bem sucedidos?
   
Outros encontros virão. Estas questões voltarão a surgir e outras aparecerão. O importante é que demos início a um processo e a esta roda, esta ciranda de mulheres que voltarão a se encontrar e a se apoiar.

As participantes encaminharam a criação de uma lista com os emails de quem esteve presente ao encontro e a realização de novas reuniões com temas específicos.